Tuesday, 4 March 2008

Away...



“Ó trancas, de Amor prisão me tece,
Ó mãos de neve, que regeis meu fado,
Ó tesouro! Ó mistério! Ó par sagrado,
Onde o menino alígero adormece!
Ó ledos olhos, cuja luz parece
Ténue raio do sol! Ó gesto amado,
De rosas e açucenas semeado
Por quem morra esta alma, se pudesse!
Ó lábios, cujo o riso a paz me tira,
E por cujos dulcíssimos favores
Talvez o próprio Júpiter suspira!
Ó perfeições! Ó dons encantadores!
De quem sois?... Sois de Vénus?
É mentira; Sois de Marília, sois de meus amores.”

By Manuel Maria Bocage

1 comment:

Anonymous said...

Há coisa mais séria, do que um grande amor?
Estes versos trazidos pelos "tempos" que remontam à actualidade...
Beijinhos "eternos"
sandra lourenço