Sunday 4 February 2007

Turbilhão...

E um dia... um dia como outro qualquer, algém me disse:

“O amor traz à tona os nossos sentimentos não resolvidos. Num dia sentimo-nos amados e, no dia seguinte, estamos, repentinamente com medo de confiar no amor. As memórias dolorosas de rejeições passadas começam a vir à superfície quando temos de confiar e aceitar o amor do nosso parceiro.

Sempre que nos amamos mais ou somos amados por outras pessoas, os sentimentos reprimidos tendem a vir à tona e, temporariamente, ensombrar a nossa consciência amorosa. Vem nos à tona para serem cicatrizados e libertados. Podemos, repentinamente, ficar irritadiços, defensivos, críticos, ressentidos, exigentes, insensíveis e nervosos.

Sentimentos que não conseguíamos expressar no passado, de repente inundam a nossa consciência quando sentimos segurança para os sentir. O amor descongela os sentimentos reprimidos, e gradualmente esses sentimentos não resolvidos começam a vir a superfície durante um relacionamento

É como se os seus sentimentos não resolvidos esperassem que se sentisse amado e então viesse à tona para serem cicatrizados. Todos nos andamos por ai com uma carga de sentimentos não resolvidos, feridas do nosso passado que repousam, adormecidas dentro de nos, ate chegar o momento em que nos sentimos amados. Então quando nos sentimos seguros para sermos nós mesmos, antigas mágoas vem à tona.

Se soubermos lidar com estes sentimentos com sucesso, podemo-nos sentir muito melhor e reavivar o nosso potencial amoroso. Se, no entanto, discutimos e culpamos o nosso parceiro em vez de nos curarmos do nosso passado, restará apenas o aborrecimento e a tendência será reprimir, novamente, os sentimentos.”


In “Os Homens são de Marte, as Mulheres de Vénus” de John Gray

1 comment:

Anonymous said...

Por vezes é assim que me sinto, um turbilhão de sentimentos e emoções...
mas até a àgua acalma e segue o seu rumo, não achas?

beijinho grande,
Sam